quarta-feira, 1 de abril de 2020

Bem


Vi há pouco o Bem Gil, filho do Gilberto Gil, num documentário sobre Jorge Mautner.
Era sobre a importância do Mautner na música brasileira, e sobre sua influência, por exemplo, nas composições da banda do Bem (Tono)  e nas do Exército dos Bebês.
Em 1981 foi lançado o LP Bomba de Estrelas. A banda de Bem canta, no documentário, não necessariamente nessa ordem, a música de Mautner e Zé Ramalho:
Nem toda nota é um tom
(...)
Nem toda pele é vison
(...)
Nem todo quieto é pacato
(...)
Nem toda estrada é caminho
(...)
Nem todo trilho é do trem
(...)
Nem todo fim é a morte

Por falar em Gil, num outro documentário ele conta que estava num elevador em Nova Iorque e o Salvador Dali, que estava lá, comentou sobre suas-do-Gil trancinhas rastafari terminadas em contas: “Bonito, o seu cabelo. Onde você fez?”  - “Em New York mesmo...”

terça-feira, 31 de março de 2020

Tatá, o Otacílio


Lembro da Rádio MEC, no Rio. 
E lá, lembro do Tatá, o Otacílio. Sempre estava por lá, presente, prestativo. Acompanhava quem fazia programas no lugar de outro... Ligava para as pessoas que tinham esquecido de assinar o ponto... Na Rádio, era Otacílio Cruz, Coordenador Geral de Programação.
Morava num apartamentinho no Catete.
Um dia ele não foi, nem avisou. Se foi.
Carlos Drummond de Andrade (“o maior poeta vivo do Brasil”, dizia o Pontual, colega deles) escreveu uma crônica - Tatá, o bom, que depois foi publicada no livro 0 Poder Ultrajovem.
Não sei quando foi; o livro traz crônicas e versos do final da década de 60 até início de 70...

domingo, 22 de março de 2020

o caso eu conto como o caso foi


“o caso eu conto como caso foi.
ladrão é ladrão, boi é boi”
Introdução dos livros de Paulo, reproduzindo folklore nordestino.

Assim começam os livros de Paulo Cavalcanti.
Ontem liguei para Magnólia (filha de Paulo e Ofélia) para saber de Ofélia/Felinha.
Lembrava que dia 14 de outubro era aniversário dela. Ia completar 102 anos...
Ela-Ofélia se foi da vida em junho... (Paulo eu não me lembro, lembro que o aniversário era no dia 25 de maio, mas sei que eu estava lá... E que Paulo falava de Abelardo da Hora e de Pelópidas Silveira... E chorava...)
Lembro também de um dia em que fomos, Délio e eu, ver Felinha. “Será o impossível !?!”, disse ela, assustada e feliz com a surpresa. Ela passava rapidinho por aquelas janelas, que conhecíamos tão bem, como se procurasse algo – a chave da porta?
Ela-Felinha tinha feito noventa anos, e me deu uma lembrança que Moema – a filha designer, que mora em São Paulo - tinha preparado não para os noventa, talvez para os oitenta. Bonita, afetuosa, com a reprodução de uma carta de Ofélia para Paulo.
Fotografei ela e Délio.
Felinha bordava e costurava e também me deu, nessa ocasião, uma blusa e uma saia. E me contou audácias dela à frente de mulheres (como mulher, não como mulher de Paulo) que eu achava que deviam constar de Memórias da Comissão de Anistia, que queria entrevistá-la...
E falava de Paulo, de suas não conhecidas aventuras - “Coisas de homem que nunca viu a mulher ’dele’ ter um filho...” E eram – são – três: Magnólia, Moema e Carlos.
Foi bom saber que eles – Ofélia e Paulo - gostavam muito de Délio. E de mim também, que honra!

Coroa


Lembro do pessoal de casa, no Rio, falar da Gripe Espanhola. Matou muita gente. Era 1918 – há mais ou menos um século. Marcante, falavam muito. André me disse há pouco que a origem dela não era a Espanha; era o Kansas, nos Estados Unidos... (o Trump queria chamar essa agora de gripe chinesa...)
De vez em quando vem um vírus novo, que os cientistas não conhecem. A Gripe Espanhola era um tipo de influenza...  Daqui a um tempo vão saber qual vírus era o atual...
Desta vez, é grave, porque desconhecido e rápido de contágio.  E mata muito.
E o grupo de mais risco é dos idosos (penso que para qualquer doença...)
De qualquer maneira, temos que preservar a saúde. Mas tem alguma coisa de bom nessas providências?
Uma atitude recomendada é “ficar em casa”.
Mas não se sabe o que fazer em casa...
É bom reaprender a ficar em casa: lendo, escrevendo, jogando, conversando, não fazendo nada. Conversando.
Fui criança quando não havia tecnologias dessas em que há sempre um intermediário que impede a conversação, seja zapp, face, instagram, outros. Havia no máximo uma caneta em que a tinta saía da pena, e lápis - grafite dentro de madeira. Brincava de boneca, de correr e de andar de bicicleta, e de escolher a mais bonita das flores de um canteiro...
Talvez uma das vantagens seja essa – reaprender a ficar em casa, reaprender a conversar e brincar.
Agora, que se tem mais tecnologia, parece que voltamos a tecnologias mais antigas... E parece que vamos ter muito tempo pra isso... (ou não, pois não sabem a duração da pandemia,,,)
Quarentena, que eu me lembro, era afastamento de 40 dias. Agora é de bem menos... E fica difícil de aguentar..
.
Tem muita invenção pra fazer em casa durante a quarentena... “Verdade ou não? Me diz uma resposta certa” – pede o João, filho da Julia-sobrinha quando viu aquele biscoito bordado. Não importa. Importa é que se inventa

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

voz alta


Sabe aquelas pessoas que ficam geralmente sozinhas no meio de uma praça, ou num gramado (ainda seco, ou talvez verde, depois da chuva), falando alto,  e que são chamadas de “loucos” por quem não fala alto?
Muitas vezes falam em Deus, ou trazem mensagens moralistas, ou falam das misérias do mundo, ou das possibilidades de salvação...
Pois é: aqui na quadra de vez em quando aparecem.
Hoje tem um, mas não consigo entender a mensagem que traz. Só sei que fala alto e incomoda os vizinhos.
Tenho medo é dos vizinhos.

Rádio MEC


Eu pegava carona com o Alberto (filho da tia Ezir), que ia para o Banco do Brasil, fazia com ele trajetos nem sempre diretos, e à tarde voltava para casa e ia para a Rua do Bispo, onde funcionava a Faculdade do Estado da Guanabara, onde estudava Ciências Sociais.
Nesse tempo trabalhava na Rádio MEC, que era na Praça da República (Campo de Santana), perto da Casa da Moeda.
Um dia desses vi uma entrevista com Cleonice Berardinelli, com quase 98 anos, professora de Letras. Lembro dela lá na Rádio MEC, mas ela nem olhava para mim, datilógrafa sem importância que eu era.
Lembro também do “maior poeta vivo do Brasil”, Carlos Drummond de Andrade. Ele me alertava quanto ao então diretor da Rádio (Eremildo Luís Viana): “você é novinha, estuda Sociologia e sai comigo... Ele é professor de História, daqueles antigos, da Universidade do Brasil... Foi colocado como diretor aqui, pela ditadura... Cuidado!”  Drummond passeava comigo na Praça da República, e uma dia foi lá no último andar, na oficina do luthier seo Guido Pascoli. Levava livros para mim.
(Pedi para me dizerem quem estava na Rádio: a Cleonice Berardinelli, o Isaac Karabchevsky, o locutor Moisés Nobre Leão, o Alceo Bochino... Foi assim que conheci, numa sexta-feira (dia em que ele assinava ponto),  “o maior poeta vivo do Brasil’, como disse o Pontual – colega da Rádio – se referindo ao Poeta, que estava atrás de mim... Na sexta seguinte levei o livro Fazendeiro do Ar, encadernado em verde, com as iniciais douradas do Vô, para ele autografar. Contei que gostava daquele livro. Ele, mais que autografar, fez uma dedicatória. Quando eu contei que ia para Brasília, casada com um xará dele, ele comentou: “Que xará bobo, levar você para aquela terra com tanta luz, mas que tem edifícios com vidros, que não deixam a luz passar...” )
Lembro também da Maria Helena, da d.Gioia, do Dieter Lazarus (era do Corpo de Bombeiros; fui pesquisar no Google, e encontrei o nome dele numa transcrição da Congada, de Francisco Migone) do Zezinho-fotógrafo , do Ubaldo (que trabalhava também na Penitenciária Lemos de Brito e fez lá os poucos convites de casamento com Carlos...) e  de outros. E da irmã da Regina, Dalila, que me levou para lá.
Vimos (Ana-filha e eu) um documentário sobre Fernanda Montenegro que mostra a Rádio MEC, na Praça da República, onde ela trabalhou como locutora, com uns 15 anos... Ana me ligou avisando e comemorando.
(Muita gente que depois se firmou como artista, passou pelos microfones da Rádio: sei da Fernanda Montenegro, da Odette Ernest Dias...)

Ana e Bruna: arco-íris


Ana, Bruna: arco-íris
Seriam quatro filhos: um menino, três meninas. Antes da Ana veio o Gregório, antes da Bruna veio a Lílian.
Esse assunto tão difícil foi tema de uma reportagem do Correio, hoje: Depois da tempestade, o arco-íris. Trata de “mães que tiveram uma ou mais perdas gestacionais [e que]
contam as dificuldades em um dos momentos mais dolorosos e a volta por cima com o nascimento de seus bebês”.
Nem conheci o Gregório, que foi embora da vida pouco antes de nascer. Conheci a Lílian, que era do dia primeiro do ano e nem chegou a completar um ano de idade. Lutos rapídos.
De acordo com a reportagem, Ana e Bruna seriam “arco-íris”.
Quando perdi – ganhei – o Gregório, pensei que nunca mais iria engravidar. Pensei então em adotar.
Depois pensei que aquilo era uma espécie de vacina – nunca iria acontecer de novo.
Depois da partida da Lílian, pensei que nunca iria acontecer nada de mal com as meninas. Penso ainda – e espero.


A reportagem
Depois da tempestade, o arco-íris
Mães que tiveram uma ou mais perdas gestacionais contam as dificuldades
em um dos momentos mais dolorosos e
a volta por cima com o nascimento de seus bebês

» CAROLINE CINTRA
Publicação: 13/02/2020 04:00        

“Saí de casa grávida de três meninos e voltei sem nenhum deles nos braços. Olhava para a casa, para o colo, para o quarto,
não os via. Entrei numa depressão muito forte. Mas decidi não desistir de um sonho. Ainda durante o luto, após seis meses,
engravidei do meu arco-íris.” O depoimento é da cantora Giselle Cândido, 30 anos. Ela perdeu trigêmeos em março de 2018.
Hoje, com Isaac Noah, de 8 meses, nos braços, ela ajuda mulheres que enfrentam ou enfrentaram a mesma dor,
por meio das redes sociais.

Os bebês arco-íris são aqueles que nascem após uma ou mais perdas gestacionais, seja por problemas de saúde, seja por aborto espontâneo.
“É uma dor que ninguém consegue mensurar, só quem passa por aquilo. Às vezes, nem o próprio companheiro sente o que sentimos.
Com fé e perseverança, estou com meu Isaac”, diz.

Giselle lembra que se preparou por um ano para ser mãe. Era um sonho dela e do marido. Ao completar 19 semanas — o equivalente a cinco meses de gestação —,
foi a uma consulta e descobriu que estava com Insuficiência Istmo Cervical (IIC), condição em que o colo do útero reduz de tamanho e se dilata antes do fim da gravidez.
Ela passou por um procedimento e ficou internada por 30 dias, mas o colo não resistiu e José Heitor, José Bernardo e José Emanuel nasceram prematuros.
Dois deles sobreviveram por 15 horas. O terceiro, por quatro dias. “Foi um processo de luto muito difícil. Mas, depois de seis meses, estava grávida novamente.
Foi uma mistura de sentimentos. Estava sofrendo pelos filhos e feliz pelo que estava por vir. Um nunca substitui o outro”, afirma a cantora. 
Desde que engravidou dos trigêmeos, ela relata tudo em uma página do Instagram. Após a perda dos meninos e o nascimento de Isaac, a conta na rede social passou a se chamar 3anjose1arcoiris. Depois de conhecer várias mulheres na mesma situação, começou o projeto Mães de Arco-íris para ilustrar a esperança após uma perda gestacional.

Apoio

Uma iniciativa da Secretaria de Saúde de práticas integrativas auxilia muitas mulheres a superar o luto causado pela perda de um bebê.
Estudos variados apontam que em torno de 20% das grávidas têm a gestação interrompida de forma espontânea antes da 12ª semana de gravidez.
Quando isso acontece até a 22ª semana, denomina-se perda gestacional precoce. A partir daí, perda gestacional tardia.
A morte neonatal corresponde ao falecimento do recém-nascido até os 28 dias de vida completos.

“É comum as mães relatarem a frieza, inclusive de profissionais de saúde, principalmente quando a perda é no início da gestação. Dizem coisas do tipo:
‘Logo você engravida de novo’. Tratam o ocorrido com certa indiferença só porque você não conheceu aquela criança. Mas, desde que você engravida,
você já ama o seu filho”, relata a servidora da pasta Filomena de Oliveira Cintra e Silva, 43, que teve duas perdas gestacionais.

Ela conta que sonhou que teria três filhos. Duas meninas e um menino. Hoje, ao lado dela e do marido está apenas Catarina Prema, 8.
Os outros dois, Alexis e Isaac Felipe, ela chama de bebês-estrela. “Eu não vou tentar mais, porque meu sonho se realizou. Tive minhas duas meninas e meu menino”, disse.

Em razão do Dia Internacional de Conscientização da Perda Gestacional e Infantil, lembrado em 15 de abril,
e baseado na própria experiência, a servidora criou o projeto Vozes do Silêncio. Nele, faz um recorte de frases de mulheres que perderam os bebês durante a gestação ou logo após o nascimento.
“É importante conscientizar profissionais de saúde, familiares e amigos, pois, devido à falta de sensibilidade, muitos pais se recolhem e vivem a dor sozinhos.
Há o risco de desenvolver uma depressão e outros problemas relacionados à saúde mental”, ressalta.

Vitória

Após seis anos de casada, a dona de casa Natália Lima de Castro, 35 anos, decidiu ter o primeiro filho.
À época, aos 26, ela nunca tinha falado sobre o assunto com o marido. Passados oito meses, o casal recebeu a notícia tão esperada, a gravidez.
Cuidadosa, ela teve acompanhamento médico desde o início.

“Foi uma gestação normal, exames ok, ecografias em dia, tudo certo”, lembra. Ao completar 17 semanas, ansiosa para saber o sexo do bebê, foi ao hospital.
“Foi constatada anencefalia (malformação do cérebro). Meu chão caiu naquele momento. Eu tinha que decidir entre dar continuidade à gestação, com riscos, ou induzir o parto. Tive que escolher a segunda opção”, disse. Para ela, apesar de nunca ter carregado nos braços, Rafaela, como se chamaria a primogênita, é uma filha amada.
Mesmo depois da dor, o casal não desistiu. Cinco meses mais tarde, recebeu a notícia de nova gravidez. “No início, deu um pouco de medo reviver tudo aquilo, mas deu tudo certo. Tivemos nossa primeira filha e, depois de quatro anos, a segunda. Para celebrar, colocamos Victória no nome das duas”, conta.
Natália ressalta que o apoio da família foi essencial nas duas fases. “Nada que alguém fale vai mudar o que a gente sente. Só a mãe de um bebê que morreu sabe a dor. Mas quando a gente consegue carregar o filho no colo é muito especial. Sou muito babona hoje. Nunca tive muito apego com crianças. Depois de mãe, dou todo o carinho para minhas filhas. A mais velha, minha arco-íris, de 7 anos, eu chamo de bebezão até hoje. São minhas bonecas.”

Esperança

A ginecologista da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) Natália Paes Barbosa explica que uma perda isolada é comum.
Em caso de duas ou mais, a paciente deve passar por uma investigação que aponte a causa. Ela ressalta que uma gestação após um aborto, por exemplo, deixa a mãe ainda mais ansiosa. “Cada exame, cada fase é uma angústia. Ela se preocupa mais, tem pensamentos negativos, já chega achando que vai dar errado. É um misto de emoções.”
No entanto, a especialista ressalta: “A mulher nunca deve desistir”. Ela destaca que, assim como um arco-íris aparece depois de uma forte chuva, o filho depois de uma ou mais perdas vêm para trazer esperança. “É importante lembrar do lado emocional. Buscar apoio com um psicólogo, parceiro, família, amigos, pessoas que entendam o momento. E manter a esperança sempre”, completa.


Cinco perguntas para Lia Clerot, psicóloga

Como uma mãe pode superar uma ou mais perdas gestacionais?
A perda de um bebê é um processo de luto. Mesmo que seja alguém que ela não chegou a conhecer, é um ser pelo qual nutria sentimentos de amor e de esperança,
por quem fazia planos e transformava a vida para sua chegada. Cada mulher reage de uma forma e precisa de seu próprio tempo para lidar com o luto.
Nessa hora, o apoio dos entes queridos é fundamental para auxiliar, inclusive para perceber se o quadro está se agravando e requer intervenção profissional.

Qual o papel da família e dos amigos nessa fase?
É fundamental. Ninguém sentirá a dor de forma tão intensa como aquela que carregava o bebê em seu ventre e que mais passava por modificações, sejam físicas,
sejam emocionais e sociais. Mas aqueles que a cercam precisam dar o apoio necessário, principalmente demonstrando a empatia pelo bebê que se foi. Não se deve falar em substituições, que ela pode ter outros filhos, pois para ela aquela criança era única e insubstituível. Conselhos simplistas e reducionistas, como “supera isso”, “segue em frente”, podem diminuir aquilo que ela estava sentindo. Esconder e evitar o assunto também não é recomendável — o luto é um processo que precisa ser superado, e não ignorado. Ajude-a a retomar a rotina, converse sobre seus sentimentos e emoções e, principalmente: ouça o que ela tem para dizer.

Manter a esperança é o ideal nesse momento?
A perda da esperança é o que muitas vezes pode levar a quadros de depressão, ansiedade e outros transtornos mentais e até problemas de saúde física. Nessas horas, é importante se valer de fontes de esperança, que para alguns pode vir da família, amigos, religião, leitura de materiais de apoio, hobbies, enfim, aquilo que dê alento e conforto.

Ter acompanhamento com um especialista, como um psicólogo, por exemplo, é importante?
O acompanhamento profissional pode ser necessário. Aos primeiros sinais de perda de controle emocional, é indispensável auxílio de um profissional de saúde mental. A perda do bebê pode ter provocado inclusive alterações físicas e hormonais que requerem um acompanhamento médico de perto.

Como os pais devem tratar o bebê arco-íris?
Os pais precisam entender que ele, assim como o bebê que se foi, é um ser único e deve viver a própria vida. O excesso de expectativas e a angústia sofrida podem sufocar a nova criança. Pais superprotetores, por vezes, tiram o direito de errar, de cair e com isso evitam que a criança aprenda uma coisa nova. Além disso, com o passar do tempo, pode gerar uma criança frustrada por não alcançar as expectativas da família.